especial: lorde | samba canção #81
essa é a samba canção, uma newsletter escrita por mim - lelis - jornalista e amante de tudo que envolva cultura, moda e música. coloque uma boa música pra tocar e boa leitura!
Oi, clube!
Hoje é quarta-feira e voltamos pra mais uma Samba Canção.
N edição de hoje vamos falar de uma das minhas artistas favoritas de todos os tempos.
Você pode pensar que eu tenho várias, but i mean it when i say: ela é minha favorita!
L O R D E
Em 27 de junho, a diva vai lançar o seu novo álbum Virgin e para comemorar, vou revisitar as obras primas já lançadas e vamos juntos prever o que vem por aí.
Normalmente, as minhas previsões são mais desejos do que algo baseado em evidências concretas. Então, vamos ver se meus desejos se tornarão realidade.
Pure Heroin
O primeiro álbum da cantora foi lançado em 2013 e você pode conhece-lo por Royals, a música que fez a Lorde bombar no mainstream.
Por aqui, tudo o que vem na mente são faixas como Ribs e Buzzcut Season. Foram essas que mudaram a química do meu cérebro na adolescência.
A Lorde escrevia de um lugar distante do meu (literalmente, lá na Nova Zelândia), mas ao mesmo tempo tão próximo.
E em seu debut ela já deixa claro o seu conceito principal: criar um álbum coeso e que passe uma mensagem harmônica.
Cada canção conta uma história.
Melodrama
O Melodrama é o ápice da história. Em 2017, a cantora evolui e lança um segundo álbum ainda melhor do que o primeiro.
Acreidto que a maioria dos artistas percorre esse caminho em que o segundo trabalho é, de certa forma, uma continuação. Algo que ficou indefinido no primeiro e que agora tem mais tempo de ser resolvido ou explicado.
Tudo isso com mais tempo de estudo e aprimoramento, ou seja, melhor.
Da mesma forma que ouvimos uma história sendo contada em Pure Heroine, em Melodrama acontece o mesmo. Mas, aqui é uma clássica love story.
Minhas favoritas mudam de tempos em tempos, mas as do momento são: The Louvre, Sober II e Supercut
Solar Power
Para mim, esse é o álbum diferente de todo o resto da Lorde.
Sabe quando você encontra o lugar confortável e se sente a vontade para testar algo que ninguém acredita?
Esse é o Solar Power.
Cores vivas, pop, e SOL, nunca foram a vibe da Lorde. Nesse álbum ela navega por esses conceitos com a mesma maestria que nos outros, porém, não é a sua clássica personalidade. Por isso o estranhamento.
Confesso que, de primeira, eu não curti o Solar Power. E hoje em dia, as músicas estão sempre no meu repeat do Spotify.
É um álbum que requer um amadurecimento nos ouvidos. Pra muita gente, isso mostra que a produção é fraca.
“Devia funcionar logo de cara”
Mas essa nunca foi a Lorde, não dá pra se esperar o que nunca foi.
As minhas favoritas são Secrets from a Girl e Oceanic Feeling.
Hammer
O que esperar?
Acredito que a Lorde vai voltar para um lugar já conhecido, permeando suas três criações até então.
Em What Was That, podemos perceber as clássicas influências clubber do Melodrama. Já em Man of The Year, o toque dramático do segundo álbum se mistura com os testes do terceiro.
Na sua quarta produção, penso que vamos conhecer uma Lorde ainda mais madura, segura musicalmente e pronta para trazer o indie back on top.
E você? Qual seu álbum favorito da Lorde? Não preciso nem esconder que o meu é o Melodrama, né rs.
💌 Curadoria internética
Tudo de mais legal que li/vi na interwebs
Não teria como não falar das AMERICA'S SWEETHEARTS. Na sexta-feira passada, comecei a assistir a série documental sobre as cheerleaders do time da NFL, o Dallas Cowboys.
Desde então, estou completamente monotemática. Me deu uma vibe America's Next Top Model, mas com muita dança.
As duas primeiras temporadas estão disponíveis na Netflix.
Terminei o segundo livro da Tetralogia Napolitana, o História de um Novo Sobrenome.
E esse é definitivamente o meu favorito. Na continuação de A Amiga Genial, nos aprofundamos ainda mais nas dinâmicas de amizade de Lila e Lenu e as relações amorosas ditam muito dos conflitos durante a trama.
Naquele meu a menos que é assim por um seu a mais, naquele meu a mais que é a caricatura de um seu a menos.
É um livro bem grande, no ínicio as personagens tem 16 anos e, pelo o que entendi, no final já tem 23 anos. Vale a pena cada página!
Agora que finalizei o segundo, pretendo fazer alguns vídeos para o insta da Samba Canção. Se você ainda não segue, aproveita o embalo: siga aqui
Não costumo trazer assuntos ou notícias negativas aqui pra Samba Canção, mas essa me tocou e quis compartilhar uma mensagem.
Como você deve ter visto, uma brasileira faleceu após cair em uma trilha na Indonésia. A Juliana Marins ficou por dias esperando resgate e acabou não resistindo.
De todas as discussões acerca do acontecimento, a que mais me marcou foi o medo instaurado em mulheres viajando sozinhas. Claro que viajar sozinha dá medo, mas, a negligência no resgate da Juliana não deve levantar mais uma barreira para nós nos aventurarmos.
A Juliana foi seguir um sonho e, infelizmente, foi vítima da situação. Uma fatalidade.
Imagino que, pelo perfil viajante que tinha, ela ia querer representar a liberdade e não ser um motivo de medo. Que a gente siga buscando nossos sonhos e que os nossos destinos nos oferecam a segurança que não foi oferecida nesse caso. (link)
🩳 Um look
Por alguma razão, todo mundo dizia que eu me parecia com a Lorde na adolescência. Talvez por isso eu também tenha criado uma paixão pela diva.
Eu não acho que tem nada a ver, mas eu realmente tinha um cabelão enrolado igual o dela.
Quando falamos acima da coerência musical da cantora, ela também se traduz na moda. A cada “era”, a Lorde muda completamente seus outfits.
Na era Solar Power, por exemplo, usava majoritariamente tons pastéis e mais vivos.
Agora, observamos a cantora apostar em um estilo básico e clássico. Muita alfaiataria em tons neutros, jeans, além de peças que literalmente todo mundo tem no ármario. Tudo com um toque chique.
Inclusive, o indie está tão pop que a Vogue disse que o "Lorde Summer” já tem influência nos outfits de verão. (link)
🎶 Uma música
Para fechar essa edição, ser uma garota de fato envolve muitos sentimentos e é confuso demais. Saber lidar com essa montanha russa na nossa cabeça deve ser o que nos faz tão iconics.
Obrigada, Lorde e Charli por traduzirem isso em uma música
Até semana que vem!